O Governo de Minas promoveu, em Belo Horizonte, uma reunião estratégica para discutir o futuro das terras raras no estado, recursos minerais essenciais para tecnologias de ponta e de alto valor agregado. O encontro partiu de um chamamento feito pelo governador Romeu Zema como forma de consolidar uma estratégia de longo prazo que assegure a liderança mineira na cadeia produtiva desses elementos, conciliando atração de investimentos, sustentabilidade ambiental e geração de empregos qualificados, uma vez que o estado é detentor de grandes jazidas no Sul de Minas.

Além do governador, o encontro reuniu as secretárias de Estado Mila Corrêa da Costa (Desenvolvimento Econômico) e Marília Carvalho (Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, representantes das empresas Meteoric Resources e Viridis Mining & Mineral, que já realizaram grandes investimentos no estado, além dos prefeitos de Poços de Caldas e Caldas, municípios mineiros detentores das maiores reservas dos minerais.

"Minas é um estado que já carrega em seu nome a mineração e estamos mostrando que, para além de uma tradição, a atividade vem se modernizando de forma responsável e tecnológica. Possuímos uma riqueza absolutamente estratégica e que vem atraindo investidores de todo o mundo. Esses recursos são riquezas de Minas, então queremos agregar valor e assegurar que isso se converta em geração de oportunidades para o povo mineiro", destacou a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.

Relevância

Minas Gerais abriga uma das maiores jazidas de terras raras do mundo, localizada na região de Poços de Caldas, Caldas e Andradas, com potencial para atender até 20% da demanda global. As empresas Meteoric e Viridis já investiram expressivamente no estado, trazendo tecnologia inédita no Hemisfério Sul, como a reciclagem e o refino de ímãs de alto desempenho. A Meteoric, com o Projeto Caldeira, já aplicou US$ 80 milhões e mantém acordos estratégicos internacionais, enquanto a Viridis, responsável pelo Projeto Colossus, destinou R$ 120 milhões para infraestrutura de beneficiamento e separação química.

“Esta reunião é fundamental para alinharmos ações que consolidem Minas Gerais como referência mundial em terras raras. Os investimentos milionários já anunciados por Meteoric e Viridis vão impulsionar a economia local, e com certeza vão gerar milhares de empregos, tanto diretos, quanto indiretos. Nosso papel é garantir que esse potencial se transforme em desenvolvimento sustentável e oportunidades para os mineiros, reconhecidamente um povo de mão de obra qualificada”, ressaltou o diretor presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

A cadeia de terras raras é estratégica para setores como energia renovável, mobilidade elétrica, defesa e saúde. Ao incentivar a instalação de plantas de beneficiamento e refino no próprio território mineiro, o estado amplia a arrecadação, reduz impactos ambientais e garante maior valor agregado aos produtos. Além disso, iniciativas como o desenvolvimento de super ímãs com centros de pesquisa locais colocam Minas na vanguarda tecnológica, fortalecendo sua competitividade internacional.