A Diretoria Executiva do Serviço Geológico do Brasil (SGB) tem novos nomes para a gestão da empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Inácio Melo e Valdir Silveira assumiram, respectivamente, os cargos de diretor-presidente e diretor de Geologia e Recursos Minerais. A posse dos gestores aconteceu na última quinta-feira (03/8), na sede do SGB em Brasília, onde ambos enfatizaram o compromisso de fortalecer a instituição e valorizar os colaboradores como principais linhas de gestão. A projeção da empresa como protagonista das geociências e da prospecção mineral no país também foi citada como meta dos novos gestores. 

Já em exercício, o diretor-presidente Inácio Melo visitou as instalações da empresa, cumprimentando os colaboradores. Ao discursar, reiterou a essencialidade dos serviços prestados pelo SGB aos diversos segmentos da sociedade, falou das contribuições da instituição o desenvolvimento socioeconômico do país por meio da pesquisa científica e a alta qualidade do corpo técnico, que, segundo enfatizou, torna a instituição como grande referência além do território brasileiro. A capacidade da empresa de potencializar o setor mineral por meio dos insumos fornecidos também foi lembrada pelo novo gestor. 

“De agora em diante, garanto todos os meus esforços para contribuir e fortalecer o SGB em virtude do seu trabalho de referência nacional e que reverbera também internacionalmente, devido à contribuição ao ordenamento territorial e pelo direcionamento ao uso racional e sustentável dos recursos naturais do nosso país, sejam hídricos ou minerais, com respaldo da ciência que é fruto do trabalho de um corpo técnico de altíssima qualidade. Assumir a gestão de uma empresa pública grandiosa como o SGB requer responsabilidade, dedicação e empenho, o que lhes garanto, pois sei do potencial desta instituição para ajudar a desenvolver o país”, disse o diretor-presidente.

Ao tomar posse, Inácio Melo destacou a atuação do SGB em relação ao setor mineral, sendo de extrema importância pelo fato de que, por meio de produtos e projetos, a instituição ajuda o Brasil a se posicionar como um importante produtor mineral mundial, ainda com possibilidades de novas descobertas. “Há mais de 50 anos, o SGB realiza uma série de levantamentos geológicos, aerogeofísicos e geoquímicos básicos que possibilitam detalhar o potencial exploratório em áreas de relevante interesse mineral, identificar novas áreas com potencial mineral no país para exploração sustentável, além de ampliar o conhecimento sobre os minerais estratégicos”, completou. 

Melo falou, ainda, sobre os Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em andamento na instituição. Segundo destacou o gestor indicado ao cargo pelo MME, o SGB reforça a importância da sua existência devido, também, à capacidade de ampliar a atuação para compreender informações sobre petróleo, óleo, gás e energia. Ele encerrou sua fala, durante a posse, enaltecendo as contribuições dos colaboradores. 

“O SGB é importante para o mundo e assim se consolidou graças à competência e comprometimento daqueles que o fazem e se dedicam diariamente ao trabalho em prol do país, do escritório ao campo, da área administrativa à técnica, do assistente ao gestor. Por trás desta grande empresa e seus 54 anos de história, mais de 1500 trabalhadores e trabalhadoras se dedicam diariamente para manter o SGB grandioso como é, a quem devemos todo o reconhecimento e por quem garanto esforços para valorizá-los em virtude das contribuições para ajudar o nosso país a ser cada dia melhor”, completou Inácio Melo. 

Projeção e valorização 

Ao lado de Inácio Melo, o experiente geólogo Francisco Valdir Silveira assumiu o cargo de diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM), área onde, de agora em diante, aplicará seus conhecimentos técnicos e de gestão com base na expertise acumulada em seus mais de 35 anos de atuação profissional. Ao tomar posse do cargo, Silveira falou sobre as expectativas para a nova gestão, destacando o protagonismo e potencial da área em relação ao desenvolvimento do país por meio dos subsídios que gera a partir de uma série de projetos e ações. 

“Temos a perspectiva de fazer uma DGM ser a protagonista da geologia e da prospecção mineral no Brasil. Todos sabemos que o trabalho desenvolvido pela DGM é fundamental para ampliar o conhecimento sobre o potencial geológico e mineral do Brasil, para subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas ao setor mineral, para estimular a pesquisa e a inovação tecnológica na área das geociências, para fomentar o desenvolvimento econômico e social das regiões mapeadas, para contribuir com a preservação do patrimônio geológico nacional e para apoiar a gestão ambiental dos recursos naturais”, disse Valdir Silveira. 

Graduado em Geologia e com títulos de mestre e doutor obtidos na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o novo diretor ingressou no SGB em 2002. Entre anos de 2011 e 2016, foi chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM) da DGM, acumulando vasta experiência na gestão e execução de projetos de interesse nacional, a exemplo dos projetos Fosfato Brasil, Diamante Brasil, Lítio Brasil, Potencial de Terras Raras do Brasil e Províncias Minerais do Brasil.

“A DGM tem, ao longo do tempo, pautado seus valores na excelência técnica, na ética profissional, e o compromisso com o interesse público, a transparência na gestão, a valorização das pessoas, a cooperação institucional e a responsabilidade socioambiental. A DGM deve trabalhar alinhada com os objetivos estratégicos da empresa para fortalecer sua atuação como Serviço Geológico do Brasil, buscando ampliar sua participação no mercado de produtos e outros serviços geológicos com vistas a consolidar sua posição como referência em geociências no país, de promover a sustentabilidade social e ambiental da empresa e assegurar a qualidade de vida e o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores, principal patrimônio da empresa”, ressaltou Silveira durante a posse. 

Ao falar sobre a gestão a partir de agora, o novo diretor enfatizou que “a DGM também deve estar comprometida com os desafios globais de garantir a transição energética para fontes renováveis e limpas, de assegurar a segurança alimentar diante do crescimento populacional e das mudanças climáticas, de reduzir as desigualdades sociais e regionais”.