Foi publicado no último dia 07 de abril, no Diário Oficial da União, o aviso de consulta pública e a data da audiência pública sobre os editais de licitação dos contratos referentes ao processo de promessa de cessão dos direitos minerários do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) - incluídos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Nessa rodada, serão discutidos os editais dos Projetos Agrominerais Aveiro - que correspondem a áreas com recursos minerais de gipsita e calcário no estado do Pará; Projeto Diamante Santo Inácio, no estado da Bahia; e Projeto Ouro Natividade, no Tocantins. Essas áreas fazem parte da carteira de ativos do Serviço Geológico do Brasil - que está vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Os direitos são resultados de pesquisas feitas nas décadas de 1970 e 1980 pela instituição.
A consulta pública ficará aberta para recebimento de contribuições até o dia 06 de maio de 2022 e a audiência será realizada em formato online no dia 27 de abril de 2022. Entre os dias 02 e 06 de maio, serão realizadas reuniões individuais com investidores que quiserem conhecer mais sobre os projetos.
Os documentos referentes a cada projeto, assim como os formulários de contribuição e inscrição da audiência pública, estão disponíveis no site do Serviço Geológico do Brasil neste link , onde poderão ser acessadas as informações sobre de cada projeto.
A partir de agora, empresas e companhias investidoras do setor mineral podem consultar os detalhes técnicos e se prepararem para a apresentação de propostas para os certames. A expectativa é de que a licitação seja realizada no dia 21 de setembro de 2022.
Projeto Agrominerais Aveiro
O projeto denominado Agrominerais Pará corresponde a união de dois projetos do Serviço Geológico do Brasil: Gipsita Rio Cupari e Calcário Aveiro.
As áreas de gipsita correspondem a três processos minerários com 2.887 hectares, situadas às margens do rio Cupari, afluente do rio Tapajós, no município de Aveiro. Os trabalhos de pesquisa realizados pelo SGB revelaram a existência de uma grande jazida de gipsita, com recursos minerais de mais de 350 milhões de toneladas e com alto grau de pureza.
O depósito de calcário localiza-se às margens do rio Tapajós, distante cerca de 30 km das áreas de gipsita. A área estudada apresenta 998 hectares e apresenta recursos minerais de mais de 500 milhões de toneladas de calcário.
O projeto foi idealizado visando o abastecimento do mercado de insumos para o setor agrícola do norte do estado do Mato Grosso e sul do estado do Pará e o investidor poderá, em uma única unidade produtiva, comercializar tanto o calcário como a gipsita. Este é o setor que mais cresce na região.
Projeto Diamante Santo Inácio
A região em que se insere o Projeto Diamante de Santo Inácio está localizada na porção centro-noroeste do estado da Bahia, no distrito de Santo Inácio, município de Gentio do Ouro. O projeto é integrado por cinco áreas que compõem os processos minerários DNPM nºs 870.387/84 a 870.390/84 (quatro áreas de 500 ha cada) e 870.808/91 (uma área de 400 ha), totalizando 2.400 ha.
O programa de pesquisa elaborado pelo SGB foi executado entre os anos de 1985 e 1989 e consistiu na execução de mapeamento geológico, levantamento topográfico, prospecção geofísica, mais de 7 mil metros de sondagem e abertura de 22 poços de pesquisa.
Recente estudo de reavaliação do depósito diamantífero de Santo Inácio, calculou a ocorrência de um depósito diamantífero de aproximadamente 245 milhões de toneladas de minério com teor de 0,75 cpth (quilates por cem toneladas), totalizando 1,8 milhão de quilates.
Projeto Ouro Natividade
O projeto Natividade localiza-se a, aproximadamente, 48 km da cidade de mesmo nome e distante 120 km de Porto Nacional no estado do Tocantins. A área objeto de licitação apresenta 8.514 hectares e foi pesquisada pelo SGB a partir do ano de 1991 com a constatação de ouro primário em rocha alterada no garimpo Córrego Brejo das Lavras, com teores de até 30 g/t.
A atualização dos dados referente ao projeto indica a ocorrência de um depósito de ouro no local com recursos de, aproximadamente, 725.000 toneladas de minério com teor médio de 1,02 gramas por toneladas de ouro - que corresponde a 765 quilos de ouro, além da constatação de que a mineralização pode se estender caso se avancem os estudos geológicos da área.
O projeto Ouro de Natividade ainda não foi qualificado no PPI.
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