CBA investirá R$ 26 milhões na reserva particular Legado Verdes do Cerrado
As ações incluem projetos de ecoturismo e educação ambiental, além de pesquisas científicas e atividades para a geração de negócios sustentáveis
Legado Verdes do Cerrado, Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), investirá em 2019 um total de R$ 26 milhões na manutenção de programas, projetos, campanhas e eventos para impulsionar o ecoturismo e a educação e conservação ambiental.
Segundo o gerente da Reserva, Reginaldo Gratão, o ano de 2018 foi positivo para consolidar projetos iniciados em 2017, ano de inauguração da área. Foi ainda um ano propício para ampliar a atuação socioambiental por meio da execução de novas iniciativas, como a Campanha Cerrado Vivo, que conta com ações educativas para sensibilizar a comunidade a evitar queimadas, e o Legado Experience, iniciativa que proporciona ao público o contato com a natureza, ressaltando o potencial ecoturístico da região.
“Também articulamos mais parcerias, fortalecendo os esforços para realizar iniciativas de conservação do Cerrado. É um trabalho que temos feito com dedicação há 40 anos mas que acreditamos que com o apoio e o engajamento de empresas, entidades, instituições, podemos avançar ainda mais e gerar resultados duradouros para o meio ambiente e para as pessoas”, afirmou Gratão.
Além do Legado Experience e da Campanha Cerrado Vivo, continuarão sendo promovidos em 2019 o Programa de Preservação, Recuperação e Conservação de Nascentes e o Parceria Votorantim pela Educação (PVE). Também fazem parte dos investimentos iniciativas para viabilizar pesquisas científicas e negócios ligados ao desenvolvimento da nova economia.
Iniciativas
O Viveiro Engenho aumentará a capacidade de produção de 60 mil para 300 mil mudas por ano. As mudas são comercializadas para empresas, entidades e produtores rurais, além de serem doadas à comunidade em iniciativas de responsabilidade socioambiental. O Legado Verdes do Cerrado conta ainda com um banco de sementes, que também está sendo estruturado para profissionalizar a coleta de sementes, que serão tratadas, empacotadas e armazenadas em ambiente refrigerado, proporcionando um plantio de mais qualidade no Viveiro Engenho.
Outra iniciativa para movimentar a nova economia é a implantação de uma Agrofloresta no Núcleo Engenho. O projeto consiste no plantio de mudas de espécies frutíferas na área onde eram plantadas mudas de eucalipto. A produção será toda comercializada na região. O Legado também anunciará, ao longo de 2019, investimentos para estimular a apicultura, a produção de soja e o confinamento de gado sustentável, além de arrendamento de reserva legal e consultorias ambientais.
Lançado em outubro de 2018, o Legado Experience é a primeira iniciativa de ecoturismo realizada pelo Legado Verdes do Cerrado. O objetivo é revelar o potencial de turismo e lazer que a região oferece, sempre com respeito à natureza, além de estimular a economia local, por meio do fortalecimento da parceria com empresas, entidades e instituições. Em 2019, serão realizadas oito edições do Legado Experience. As atrações serão divulgadas em breve para a população.
Além das ações já realizadas para sensibilizar a comunidade para o cuidado com o meio ambiente, o Legado Verdes do Cerrado executa o programa Parceria Votorantim pela Educação (PVE). A iniciativa, realizada em parceria com o Instituto Votorantim, é promovida há 10 anos pela CBA em Niquelândia, e em 2018 passou a ser realizada também no município de Uruaçu, sob coordenação do Legado. Em 2019, a Reserva continua executando o programa, com consultorias para profissionais da rede municipal de ensino e mobilização social.
A Campanha Cerrado Vivo também continuará sendo promovida, em parceria com o Corpo de Bombeiros, com palestras nas escolas municipais e estaduais e para a comunidade rural, além da realização de oficina de combate a incêndios e produção de abafadores.
Na área de conservação ambiental, o Programa de Preservação, Recuperação e Conservação de Nascentes, realizado desde 2017, em parceria com a Faeg Jovem de Niquelândia, proporciona fôlego a mais para proprietários de áreas rurais conservarem as matas e nascentes. Em 2019, serão recuperadas quatro nascentes na região.
Pesquisadores que realizam trabalhos sobre a fauna e a flora do Cerrado terão a oportunidade de aprimorar os estudos por meio do edital lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Para 2019, foram selecionados quatro projetos, que terão início no mês de fevereiro. Outros dois estudos científicos já realizados na Reserva continuam sendo desenvolvidos: sobre a qualidade de água do Rio Traíras, sob orientação da professora Cássia Monalisa, da Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Campus Niquelândia, e pesquisa de alometria, para estimar o volume de biomassa e carbono de árvores do Cerrado, sob orientação do professor Fabio Venturoli, da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Cerrado conservado
O Legado Verdes do Cerrado é uma Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável que possui a maior área de cerrado conservado do Brasil. Com 32 mil hectares, está localizado em Niquelândia, no Estado de Goiás, de propriedade da CBA e administrada pela Reservas Votorantim, gestora de ativos ambientais da Votorantim S.A. Da área total, 27 mil hectares possuem cerrado em estágio avançado de conservação.
Próxima ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a área é composta por dois núcleos. No Núcleo Engenho, onde está a sede do Legado Verdes do Cerrado, nascem três rios (Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água de abastecimento público de Niquelândia). Nele, em 23 mil hectares, são realizadas atividades relacionadas à nova economia, que contribuem para o desenvolvimento social e econômico da região e para a criação de novas cadeias produtivas locais. Na área também acontecem pesquisas científicas da flora e fauna do cerrado, existe o viveiro de mudas nativas e são realizadas atividades de educação ambiental e ecoturismo. Nos outros 5 mil hectares acontecem atividades da economia tradicional, como pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, está localizado nas proximidades do Lago da Serra da Mesa, com vegetação nativa intocada.
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