“O Informe de Recursos Minerais, série Províncias Minerais do Brasil nº 39 representa um marco importante na consolidação do conhecimento sobre os recursos minerais dessa província, compilando 50 anos de conhecimento geológico da região”, destacou o pesquisador em geociências do Serviço Geológico do Brasil (SGB) Marcelo Lacerda Vasquez, durante apresentação oral do projeto “Evolução Crustal Paleoproterozoica do Domínio Tapajós”, no 51° Congresso Brasileiro de Geologia (CBG), realizado dia 16/10, em Belo Horizonte.

A publicação inova ao apresentar um capítulo sobre o Modelamento do Potencial Mineral para depósitos magmático-hidrotermais de ouro ao longo do Lineamento Tocantinzinho, segundo o pesquisador. 

“O trabalho do SGB tem gerado resultados sociais e econômicos significativos. As mineralizações de ouro que foram estudadas há 30 anos em garimpos, hoje são depósitos de minas em operação, como a mina Palito; e outras, como o depósito Tocantinzinho, em breve se tornarão minas. Esses empreendimentos geram empregos, movimentam a economia local e seguem práticas de governança ambiental, social e corporativa, beneficiando as comunidades da região, o que reflete o impacto positivo e o retorno social do trabalho realizado pela instituição”, ressaltou Vasquez. 

Levantamento geoquímico e geologia médica

Durante o evento, também foi apresentado estudo desenvolvido pela Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT) que ajuda a identificar possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente. O pesquisador Francisco Ferreira de Campos apresentou o trabalho: “Levantamento Geoquímico Multiuso do Polo Turístico de Hidrotermalismo de Jaciara e Juscimeira, Estado do Mato Grosso: Água Superficial, Sedimento de Corrente e Solo”.

“A importância do trabalho está em fornecer um levantamento detalhado da composição química de solos, sedimentos e águas da região, auxiliando na avaliação de impactos ambientais e na gestão de recursos hídricos e solo, especialmente em uma área de relevância turística e hidrotermal, bem como estabelecendo os valores considerados "normais" para a região”, explicou o pesquisador. Com esse trabalho, o SGB contribui para subsidiar políticas de preservação e uso dos recursos naturais.

As informações dos levantamentos geoquímicos também podem apoiar estudos da área de Geologia Médica. Sobre essa temática, a pesquisadora Patrícia Jacques falou, em palestra oral, sobre o Sistema de Informações Geográficas (SIG) de geologia médica, disponibilizado na internet pelo SGB. O objetivo da ferramenta é facilitar a busca de artigos ou publicações de livre acesso relacionados à geologia médica, para os profissionais de saúde e das áreas da natureza.

O informe pode ser obtido no site da instituição: clique aqui para acessar