A Appian Capital Advisory  anuncia o fechamento do seu terceiro fundo (Fundo III). O Fundo III recebeu uma demanda muito superior à esperada, apesar das condições desafiadoras para captação de recursos no setor de private equity, elevando seu limite máximo para US＄ 2,06 bilhões, após aporte de grandes investidores globais e dos principais investidores do mundo. 

O Fundo III é o maior da Appian, elevou o total de ativos sob gestão para aproximadamente US＄ 4 bilhões e tornou a empresa a maior gestora de private equity no setor de metais e mineração. Ele seguirá a mesma estratégia comprovada do primeiro fundo da Appian  e do segundo fundo, concentrando os investimentos em ativos do setor de metais e mineração. 

O Fundo I de US＄ 375 milhões da Appian foi fechado em 2014, enquanto o Fundo II de US＄ 775 milhões foi encerrado em 2021. A Appian tem a capacidade de investir até um terço do Fundo III em oportunidades de crédito no setor de metais e mineração e setores relacionados, refletindo a crescente presença da gestora nesse setor.

“Estamos muito satisfeitos por termos fechado o Fundo III, com um forte apoio dos investidores da nossa base e novos. O Fundo III proporciona exposição a tendências-chave, incluindo proteção contra a inflação, a transição energética e a necessidade de um fornecimento independente e estável de minerais críticos para apoiar a mudança do petróleo e gás. À medida que continuamos vendo um crescente interesse em metais e mineração, o Brasil e a América Latina permanecem um foco chave para nós. O Fundo III construirá sobre o histórico de sucesso dos Fundos I e II, utilizando nosso modelo operacional único para levar as minas à produção e gerar retornos excepcionais para nossos investidores”, comentou Michael W. Scherb, Fundador e CEO da Appian. 

Forte interesse dos investidores nas temáticas principais do Fundo III

O grande interesse dos investidores reflete a exposição do Fundo III a temáticas essenciais da Appian e a sua tese de investimento, incluindo proteção contra a inflação proporcionada pelas commodities no atual cenário econômico; exposição à transição energética e à mudança do petróleo e gás, por meio de investimentos em metais-chave, como cobre e níquel, oferecendo taxas de retorno mais elevadas do que investimentos diretos em projetos downstream; e a crescente demanda por um fornecimento independente, sustentável e estável de minerais críticos por parte de fabricantes de automóveis, empresas de tecnologia e outros fabricantes de equipamentos. 

O Fundo III utilizará a abordagem única de arbitragem técnica da Appian, já empregada nos Fundos I e II, permitindo-lhe obter uma vantagem competitiva e gerar retornos excepcionais para os investidores. A equipe de liderança da gestora possui experiência em bancos de investimento globais e empresas de private equity, tendo concluído mais de US＄ 200 bilhões em transações no setor de mineração, enquanto a equipe técnica é composta por profissionais da indústria de grandes empresas de mineração que já colocaram em produção mais de 60 minas.

O Fundo III amplia o histórico da Appian na geração de retornos fortes ajustados ao risco, identificando, adquirindo e desenvolvendo ativos de metais e mineração subvalorizados. A gestora foca em minas de alto retorno, baixo custo e com uma base de recursos de alta qualidade, onde existe potencial para agregar valor como o único grupo financeiro com capacidade para operar e gerenciar minas. A Appian possui o conhecimento técnico de uma grande empresa de mineração, permitindo-lhe colaborar com equipes de gestão para criar valor, melhorando planos de desenvolvimento e colocando as minas em produção. Isso torna seu capital particularmente atrativo, fornecendo aos mineradores expertise técnica e suporte, além de financiamento.

O Fundo III tem como target oportunidades de médio porte, priorizando a rentabilidade em detrimento da escala para maximizar o retorno. Os investimentos em commodities da transição energética serão equilibrados com investimentos em metais preciosos.

Com uma abordagem global, o Fundo III concentrará seus esforços em países com geologia comprovada, governos favoráveis e um sólido arcabouço legal onde a Appian já possui operações em andamento ou experiência em operação.

O Fundo III já alocou 10% de seu capital, utilizando as técnicas de captação e execução de classe mundial da Appian para garantir três investimentos, que incluem uma joint venture com a Osisko Metals, listada na TSX-V, para desenvolver o projeto de zinco-chumbo Pine Point no Território do Noroeste, Canadá, uma parceria com a Detronic Energia para desenvolver 62.4MWp de usinas de energia solar no Brasil e a aquisição da maioria das ações da mina de zinco-chumbo Rosh Pinah em operação subterrânea na Namíbia.

Os investidores também manifestaram um interesse substancial em co-investimentos, o que ampliaria significativamente as capacidades do Fundo III, demonstrando a confiança dos investidores na Appian e no fundo.

Grande interesse no Brasil

Com o fechamento do Fundo III, a Appian dispõe de um capital entre US＄1 bilhão a US＄2 bilhões para investir a médio prazo na América Latina, sendo que uma parte substancial desse montante está direcionada ao Brasil.

O país é uma das regiões mais relevantes para a Appian globalmente, onde a gestora já fez investimentos em empresas de transição energética a nível global, como a Atlantic Nickel e a Mineração Vale Verde. Além disso, a empresa conta com um escritório em Belo Horizonte, sob a liderança de Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brasil.

A Atlantic Nickel é uma das maiores minas a céu aberto de níquel sulfetado do mundo, localizada na Bahia e adquirida pela Appian após um processo de recuperação judicial em 2018. Em 2022, a Atlantic Nickel registrou um EBITDA de US＄ 210 milhões com uma receita de US＄ 406 milhões.

A Mineração Vale Verde é uma empresa de cobre em Alagoas, adquirida pela Appian em 2018. A companhia concluiu a construção e a fase de comissionamento durante a pandemia da COVID-19, antes de iniciar a produção. Em 2022, a Mineração Vale Verde alcançou um EBITDA de US＄ 60 milhões com uma receita de US＄ 155 milhões.

A Appian também possui um projeto para exploração de grafite que entrará em produção no final de 2024, além de um projeto de energia renovável no estado de Minas Gerais com grande capacidade de expansão de megawatts. Em 2018, a empresa também vendeu a Avanco Resources, uma mineradora de cobre na província de Carajás, para a Oz Minerals.