Fábrica de cimento japonesa automatiza linhas e consegue reduzir o consumo de energia

Na planta de Nanyo, além do investimento em automação, a Tokuyama tem usado combustíveis menos poluentes e rejeitos como insumos da fabricação

Por Conexão Mineral 11/09/2023 - 21:12 hs
Foto: ABB
Fábrica de cimento japonesa automatiza linhas e consegue reduzir o consumo de energia
A unidade produz 4,5 milhões de toneladas de clínquer por ano

A cimenteira Tokuyama conseguiu reduzir o consumo de energia na sua principal fábrica, em Nanyo, Japão, após automatizar linhas com o software Expert Optimizer, da suíço-sueca ABB.

Em comunicado, a empresa de automação disse que a adoção do sistema no processo de calcinagem de cimento nos fornos rotativos da planta foi capaz de reduzir o consumo de energia em pelo menos três por cento em relação ao método anterior.

Segundo a ABB, o sistema automatizou decisões operacionais com modelos preditivos de lógicas lineares e não lineares de redes neurais, passando a enviar instruções diretamente aos equipamentos de ventilação, queima e aos atuadores no lugar dos operadores.

Como resultado, junto com o menor consumo de energia, houve também redução no número de intervenções manuais na produção em 70 por cento, o que levou a uma maior estabilidade nas quantidades fabricadas, à maior padronização do cimento finalizado, além da liberação dos colaboradores para tarefas estratégicas.

“Escolhemos o Expert Optimizer da ABB para equalizar a qualidade da operação e melhorar a eficiência operacional,” disse no texto Ryota Kakimoto, do departamento de manufatura da cimenteira, que deve contar com o software também para perseguir as metas de lucratividade da fábrica.

A calcinagem em fornos rotativos é responsável pela maior parte das emissões associadas à produção de cimento, razão pela qual cimenteiras em todo mundo buscam ampliar a eficiência do processo e viabilizar nele combustíveis e matérias-primas sustentáveis.

Na planta de Nanyo, além do investimento em automação, a Tokuyama tem usado combustíveis menos poluentes e rejeitos como insumos da fabricação.

A unidade produz 4,5 milhões de toneladas de clínquer por ano, destinado, principalmente, a países da Ásia, Oceania e ao próprio Japão.