Galvani participa de evento de fertilizantes e destaca aporte de R$ 2,5 bilhões para ampliar produção no Nordeste

Marcelo Silvestre, diretor-presidente da Galvani, participa de painel estratégico sobre cenário de investimentos para o setor no 10º Congresso Brasileiro de Fertilizantes

Por Conexão Mineral 04/09/2023 - 21:17 hs
Foto: Gerardo Lazzari
Galvani participa de evento de fertilizantes e destaca aporte de R$ 2,5 bilhões para ampliar produção no Nordeste
Marcelo Silvestre, diretor-presidente da Galvani, no painel sobre o Plano Nacional de Fertilizantes

A Galvani marcou presença no 10º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, realizado no final de agosto em São Paulo pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). O evento reuniu os principais executivos e formadores de opinião que atuam no mercado de fertilizantes para analisar e debater temas relevantes ao agronegócio, práticas de ESG e Inovação e expectativas para o setor.

O diretor-presidente da Galvani, Marcelo Silvestre, foi convidado para o painel sobre “O Plano Nacional de Fertilizantes e as oportunidades para os investimentos", que, além de tratar dos aspectos estratégicos do PNF, abordou os desafios e conquistas do setor no país. Durante a apresentação, o executivo destacou os investimentos de R$ 2,5 bilhões da empresa para ampliação da produção de fertilizantes fosfatados até 2026 e reforçou que o PNF traz uma importante visibilidade para o investimento e para a política nacional, além de ampliar a interlocução entre os setores público e privado.

O plano de expansão da Galvani, empresa que possui mais de 50 anos de atuação no setor de fertilizantes, tem como objetivo reduzir a dependência nacional de importação de adubos fosfatados. Para isso, a empresa irá ampliar sua presença nas regiões Norte e Nordeste e alcançar uma produção de mais de 2 milhões de toneladas de fertilizantes. A empresa está investindo na duplicação da capacidade da fábrica de fertilizantes em Luís Eduardo Magalhães (BA), na nova fase de mineração na unidade de Irecê (BA) e na implantação do Projeto Santa Quitéria, complexo mineroindustrial a ser desenvolvido em Santa Quitéria (CE).

Recentemente, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que participou virtualmente da abertura do Congresso Brasileiro de Fertilizantes, celebrou o plano de crescimento da Galvani em publicação em rede social, ao considerar a novidade como uma "boa notícia".

Além de apresentar os planos da Galvani para o setor, Marcelo Silvestre comentou sobre o potencial da empresa em relação a tecnologia e inovação. “Nossos três processos de mineração (Angico dos Dias, Irecê e, futuramente, Santa Quitéria) são a seco – ou seja, não utilizam barragem de rejeitos. Essa é uma vantagem competitiva muito grande, que nós conseguimos desenvolver internamente. Somos uma das únicas empresas do mundo que consegue fazer essa concentração de fosfato a seco”, afirma o executivo.

O painel, que contou também com a presença de Bruno Fonseca, analista do Rabobank Brasil, João Pieroni, superintendente de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, e Leonardo Durans, diretor de Desenvolvimento da Indústria de Insumos e Materiais Intermediários do MDIC, ainda tratou de temas como a regulamentação, desafios e perspectivas para o setor no Brasil. Para Marcelo Silvestre, a expectativa de crescimento da produção e distribuição de fertilizantes no país aumenta a atenção em torno de alguns desafios enfrentados pelo setor, como a carência de linhas de financiamento específicas para os produtores destes insumos. “As debêntures incentivadas de infraestrutura, por exemplo, poderiam ser um benchmark para o nosso setor”, comenta.

Outro tema importante, apontado pelo diretor-presidente da Galvani, é a conquista do setor sobre a questão tributária, em especial o ICMS, que onerava mais o produto nacional em detrimento do importado, e a mudança do Convênio 100 pelo Convênio 26. “Hoje, temos um cenário de isonomia que ajuda a indústria nacional. E nós temos que garantir que, mesmo com uma reforma tributária, isso se mantenha”, completa Marcelo Silvestre.