Potássio do Brasil apresenta Projeto Potássio Autazes para governo e empresas canadenses

A empresa utilizará engenharia sustentável para a extração de Cloreto de Potássio na região de Autazes (AM)

Por Conexão Mineral 13/09/2022 - 19:08 hs
Foto: Potássio do Brasil
Potássio do Brasil apresenta Projeto Potássio Autazes para governo e empresas canadenses
Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil

O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, apresentou o Projeto Potássio Autazes para o governo do Canadá e empresas canadenses, na última segunda-feira (12/9), no evento “Breakfast Procurement Needs”, realizado no hotel Mercure Lourdes, na cidade de Belo Horizonte (MG).

Além de representantes do governo federal do Canadá, participaram do evento representantes da Mining Suppliers & Trade Association, da Província do Québec, da Câmara de Comércio Brasil/Canadá e diversas empresas canadenses.

“O evento foi organizado pelo governo do Canadá, que trouxe empresas canadenses interessadas em novos projetos aqui no Brasil. Então, várias empresas apresentaram seus projetos. E a Potássio do Brasil fez questão de estar presente apresentando o Projeto Potássio Autazes”, afirmou o presidente da Potássio do Brasil.

O Projeto Potássio Autazes está investindo na engenharia sustentável no empreendimento, que produzirá o Cloreto de Potássio – um importante fertilizante para o agronegócio brasileiro –, no município de Autazes (AM), a 112 km de Manaus.

O Projeto usará um método de extração da Silvinita, rocha composta de halita (Cloreto de Sódio, mais conhecido como sal de cozinha) e de Silvita (Cloreto de Potássio), que não causará danos ao solo da superfície e nem ao meio ambiente. Toda a operação de extração será realizada utilizando o método de câmaras e pilares. 

Para a retirada do minério, que está a cerca de 800 metros de profundidade, será necessário a escavação de dois poços profundos por onde o minério Silvinita será trazido para a superfície, beneficiado e o Cloreto de Potássio (fertilizante) separado do Cloreto de Sódio (sal de cozinha).

Depois da separação do Cloreto de Potássio e do Cloreto de Sódio, o fertilizante será transportado em barcaças, a partir do porto privado previsto para ser construído pela empresa à margem do rio Madeira, de onde seguirá ao mercado consumidor do agronegócio brasileiro. 

“O Cloreto de Sódio será armazenado em local impermeabilizado para a proteção do solo e do lençol freático, e, depois, vai retornar ao subsolo, preenchendo as câmaras abertas, ou seja, não haverá resíduos na superfície ao final da vida útil do Projeto”, esclarece o presidente da Potássio do Brasil.

O empreendimento, que atualmente está em fase de licenciamento ambiental, tem vida útil estimada em mais de 23 anos e colocará o estado do Amazonas no ranking de maior produtor do fertilizante no Brasil. Quando atingir a produção anual média de 2,4 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio, a oferta deste insumo corresponderá a cerca de 20% do volume consumido no Brasil. Estudos preliminares indicam, entretanto, um potencial de aumento da capacidade de produção, podendo atingir até 45% das necessidades brasileiras.

Assim, a Potássio do Brasil ajudará a diminuir a dependência da importação deste insumo de outros países, como Canadá, Rússia, Bielorrússia, Alemanha e Israel. Vale ressaltar que, atualmente, o Brasil é o segundo maior consumidor de Potássio do mundo, mas produz apenas 5% de sua crescente demanda.

Licenciamento ambiental

A Potássio do Brasil é uma empresa brasileira privada, que atua na fabricação de fertilizantes e está presente na região amazônica, desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, com perspectivas de atração de mais investidores à medida que o projeto seja construído e entre em operação, a partir da extração e tratamento do minério de potássio no Amazonas.

O Projeto Potássio Autazes está atualmente em fase de licenciamento ambiental junto ao órgão competente para licenciar empreendimentos no Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O Projeto já possui a Licença Prévia (LP) e aguarda a Licença de Instalação (LI).

Em breve, o empreendimento será implantado garantindo receitas tributárias ao Município, Estado e União. Além disso, a Potássio do Brasil contratará, prioritariamente, com a mão de obra de Autazes, Careiro da Várzea e região. Serão gerados, em média, 2.600 empregos diretos por ano e vários indiretos na fase de construção dos poços de acesso ao minério e da planta de beneficiamento. Já na fase de operação, serão cerca de 1.300 postos de trabalho diretos e 16.900 indiretos.

A empresa também possui mais de 30 programas dentro dos eixos sócio-econômico-ambiental, por meio de parcerias com entidades públicas, privadas e sociais, incluindo parcerias com agricultores familiares, que constituirão o Programa Autazes Sustentável.

Conhecido na indústria agrícola como o elemento da qualidade, o Potássio é essencial em quase todos os processos em que se sustentam o crescimento e a reprodução das plantas. É um nutriente vital para as culturas alimentares, energéticas, fibras e pastagens, promovendo o aumento da produtividade e auxiliando no controle de pragas e doenças, além de controlar fatores de qualidade, como tamanho, forma, coloração e vigor das sementes e grãos.