GHT oferece produtos customizados para os equipamentos de grande porte e anuncia expansão
O Grupo Hidrau Torque (GHT) está reformulando o modelo de negócios, iniciando a descentralização do atendimento ao cliente, com a estruturação de filiais pelo Brasil. Essa novidade e a exposição de componentes das marcas Vega Fire, SKF, Donaldson, IPD, Maringá e L&H movimentaram o estande da empresa na M&T Expo. O gerente de Marketing, Fernando Cassiano Júnior, comenta que a M&T Expo, pela capacidade de mobilizar o setor, representou o momento ideal para anunciar as mudanças nos negócios e divulgar o portifólio de produtos. “Temos tido sucesso em nossas participações na feira com networking e negócios. Com nosso projeto de expansão, encontramos no evento o ecossistema ideal para as nossas novidades”, detalha Cassiano, ao explicar a motivação para participar do evento.
“Nós já temos duas unidades dedicadas à mineração, com instalações em Contagem (MG) e Parauapebas (PA), e identificamos a necessidade de ampliar nossa estrutura para ficarmos mais próximos dos clientes de construção pesada”, analisa o diretor de Operações, Armindo Junior, ao falar dos negócios do GHT. O executivo comenta que os primeiros passos desse movimento aconteceram com três revendas associadas, duas no Mato Grosso, em Sinop e Cuiabá, e outra em Pernambuco, no Recife. O processo de expansão foi aprimorado e o grupo optou pelo modelo de filiais, em 2022.
Para 2022, a expectativa do GHT é a abertura de filiais em Santa Catarina, em Itajaí, e outra no Pará, em Belém. O processo continuará em 2023 e 2024. “Já estamos estudando outras capitais como Goiânia (GO) e Fortaleza (CE), bem como cidades de grande porte como Feira de Santana (BA), como potenciais para nosso modelo de expansão nos próximos anos, inclusive já pensando em novos nichos de mercado”, antecipa Junior ao falar dos planos do GHT.
A ampliação da estrutura física da empresa acompanha o desdobramento de uma estratégia multicanal de vendas, como o e-commerce GHT Store e a ferramenta de cotações HT Link, disponibilizada aos clientes cadastrados.
Soluções sob medida
Máquinas acima de 200 toneladas, como escavadeiras elétricas, hidráulicas, carregadeiras de rodas e perfuratrizes, enfrentam desafios mais específicos em campo e a empresa desenvolve soluções específicas. “A experiência do GHT nesse nicho favoreceu o desenvolvimento de soluções para aumentar o ciclo de vida do equipamento, reduzir os períodos de parada e agregar segurança para os trabalhadores em campo”, lista o coordenador do Segmento de Grande Porte, Rafael Bertoni. De acordo com ele, o GHT desenvolve melhorias constantes, inclusive criando soluções para sanar um desafio específico de um determinado cliente.
O GHT tem no portifólio desde material rodante a peças de reposição como acessórios e componentes com melhorias agregadas pela empresa para atender os equipamentos acima de 200 toneladas. Bertoni detalha que uma mudança na liga, no perfil dimensional da peça ou ainda um sistema de alerta adicional para o operador pode ter impactos significativos na operação.
Combinando preços competitivos e disponibilidade de estoque, a empresa tem condições de atender os equipamentos a diesel e os elétricos, que estão conquistando espaço nas mineradoras. O serviço de remanufatura de componentes como redutores de velocidade e estruturas de forma geral complementam o escopo de atendimento nesse nicho. Além de expor as soluções próprias, a linha da L&H também estava presente no estande. A fabricante é parceira homologada do GHT pela qualidade das peças e pela atenção dedicada à segurança geral dos equipamentos. Durante a M&T Expo, os visitantes puderam conferir um cilindro de freio remanufaturado pelos serviços da oficina do GHT, com as peças da L&H.
“Equipamentos de alta produção não podem ficar parados. Disponibilidade de máquina é fundamental na mineração. A L&H tem diversos projetos de melhoria. Hoje nossos concorrentes, quem produz a máquina, pensa de maneira global. Nós pensamos focados na máquina, na operação. E esse foco é justamente para dar maior disponibilidade. Os produtos que trabalhamos e desenvolvemos é sempre pensado para oferecer uma qualidade tal que amplie a durabilidade. Hoje temos material rodante que dura mais que o dobro do que o do concorrente. Estamos falando de 20 mil horas para 45 mil horas comprovadas, rodando em mineração de ferro”, destaca Bertoni.
“O cliente é uma parte muito importante para nós. É ele que nos diz onde precisa melhorar, o que dá para fazer, seja na liga, no perfil ou em como aplicar o material. E temos um caminho mais rápido para trabalhar essa informação, seja com a L&H ou com a nossa fábrica ou parceiros próximos, e conseguimos fazer em pouco tempo um teste do produto e colocar para trabalhar”, diz Bertoni. Ele ressalta também a facilidade para criar soluções específicas para operações diferentes, muitas vezes dentro da mesma mineradora, como é o caso das minas Sossego e Carajás, ambas da Vale. “Sossego uso uma peça totalmente inteiriça, um ferrolho de caçamba de escavadeira elétrica, e em Carajás a peça é bipartida, tem uma parte na ponta que desgasta e eles preferem trocar essa peça porque a operação exige isso. Em Sossego utilizam inteiriço porque compensa mais para eles. E fabricamos customizado para cada cliente”.
Sistemas de segurança
GHT dispõe de soluções que contemplam recursos para combate a incêndios, automação de lubrificação, escape de emergência do operador, entre outras. “Nosso portifólio mescla soluções desenvolvidas por nossa equipe de engenharia ou importadas de parceiros homologados pelo GHT, com atenção à segurança, redução de custos e ao aumento de performance. Temos projetistas, engenheiros para dimensionar a solução e suporte técnico para acompanhar o equipamento em campo.”, explica o gerente Comercial, Plinio Panza.
Quando o assunto é segurança, especialmente em mineração, a prevenção e o combate ao incêndio estão sempre em pauta e não poderia ser diferente na M&T Expo. No estande do GHT, os visitantes podiam conferir diversas soluções como a linha de proteção térmica, que inclui as mantas produzidas sob medida. “Identificamos que 65% dos incêndios são causados por vazamentos de líquidos quentes inflamáveis em superfícies superaquecidas. Com a instalação das mantas, as temperaturas ficam abaixo de 200ºC, evitando a combustão do querosene, diesel etc.”, detalha Panza. Ele acrescenta que esse é um produto fabricado pelo GHT, em aplicação em mais de mil equipamentos no Brasil.
Outras soluções para auxiliar no combate a incêndios em exposição eram a esfera corta fogo e o “Escape chute”. Pesando pouco mais de um quilo, a esfera pode ser arremessada de uma distância segura até o foco do incêndio. Em contato com o fogo, a bola “explode”, dispersando um aditivo químico composto por 90% de monofosfato de amônia e 10% de bicarbonato de sódio. Fabricada pela Elide Fire, a solução pode atender outros segmentos como oficinas, galpões, indústrias, além da mineração. Já o “Escape chute” é semelhante a uma calha, pela qual o operador de caminhões fora de estrada pode fugir com segurança, em caso de incêndios. De fácil acionamento, o recurso evita que o operador salte do equipamento, correndo o risco de lesões relacionadas à queda.
Caçamba reforçada
A empresa lançou uma caçamba reforçada contra os desgastes causados pela abrasão nos setores de construção e de mineração, que chegou ao mercado no modelo Heavy Duty (HD) equipado com cantoneira, protetor frontal, protetor de lâmina, adaptador e ponta. A lâmina base é produzida em aço QUARD 450, conhecido pela alta resistência à abrasão, com uma dureza nominal de 450 HBW. O diretor de Suprimentos, Desenvolvimento de Negócios e Marketing do GHT, Silvio Iwasawa, explica que o reforço da lâmina base leva em conta a tendência de o operador raspar o solo durante o processo de carregamento. “Esse procedimento não é recomendável, mas sabemos que isso acaba ocorrendo em campo, acelerando o desgaste das caçambas”, esclarece Iwasawa.
Além da proteção no implemento, o GHT oferece ao mercado o processo de customização, atendendo as demandas de empresas com equipamentos de várias marcas e que precisam de uma mesma caçamba. Iwasawa explica que corpo técnico da empresa vai ao cliente analisar as necessidades dos equipamentos para viabilizar a padronização dos encaixes, protetores, dentes, entre outros componentes. Ao padronizar o processo, a conexão com a caçamba é facilitada, além de otimizar a linha operacional com excelente relação custo/benefício.
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