Mineração crescerá cerca de 5% em 2022

Estudo da TCP Partners indica retomada e atração de investimentos no setor

Por Conexão Mineral 13/07/2022 - 19:36 hs
Foto: Largo Resources
Mineração crescerá cerca de 5% em 2022
Para a TCP, a expectativa para os próximos anos é de muito investimento no setor

A TCP Partners, empresa de investimentos, gestão e fusões & aquisições, realizou levantamento que analisou que o setor de mineração vem registrando uma recuperação gradual, impulsionada por uma melhora econômica e do cenário mundial. 

Em 2022, o segmento deverá crescer em média 5% a.a por conta da forte alta nos preços da commodities associada à saída acelerada da crise econômica pós-pandemia, que descompassou diversas cadeias de suprimentos. O número recorde de exportações de produtos minerais em 2021 é um outro fator que deve contribuir para este crescimento.

De acordo com o estudo “Mercado de Mineração do Brasil”, R$ 129 bilhões é o valor da produção das principais substâncias metálicas (Alumínio, Cobre, Cromo Estanho, Ferro, Manganês, Nióbio, Níquel, Ouro, Vanádio e Zinco), que corresponde cerca de 80% do valor da produção total. As principais reservas de minério estão localizadas nas regiões Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Norte (Pará, Rondônia e Amazonas) e Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Com 89% da produção de minérios, Minas Gerais e Pará se destacam pela exploração do minério de ferro. 

Para Ricardo Jacomassi, sócio e economista-chefe da TCP Partners, o setor de mineração é altamente atrativo para investimentos. “A produção mineral é concentrada em poucas empresas, em razão da elevada necessidade de capital e de investimentos. A expectativa para os próximos anos é de muito investimento no setor, US$ 6 bilhões em aspectos socioambientais e US$ 35,3 bilhões em produção e infraestrutura”, explica o economista.

Ainda de acordo com o levantamento, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor de mineração, que historicamente cresce em média 1,6 vezes o valor global, deverá acompanhar o patamar mundial. 

Alguns pontos relacionados aos riscos inerentes ao setor, como risco cambial, ambiental, regulatório e trabalhista, exigem atenção. “Esses últimos ocorrem devido às condições de trabalho que podem deixar tanto trabalhadores como meio ambiente suscetíveis a danos, além da forte dependência do setor ao mercado externo, que configura em si um risco cambial estrutural. Um outro ponto de atenção a ser considerado é o baixo nível de tecnologia utilizada nas minas, o que reduz o nível de produtividade como um todo”, finaliza Jacomassi.


Ricardo Jacomassi, sócio e economista-chefe da TCP Partners (foto: Divulgação)