Para 83% dos executivos de Mineração, organizações precisam de estratégia ESG
Pesquisa foi realizada pela KPMG com 167 profissionais do setor
Os princípios ESG ocupam posição de destaque nos debates estratégicos dos líderes das empresas de mineração, com a maioria (83%) dos executivos brasileiros concordando que as organizações precisam ter uma estratégia de ESG clara e mensurável. Além disso, pouco mais da metade (52%) deles consideram que as expectativas de ESG do investidor são claramente compreendidas.
Na amostra mundial, 32% dos executivos classificam as relações com a comunidade e a licença social para operar como os principais riscos ESG, com destaque para meio ambiente (29%), rejeitos (15%) e mudanças climáticas (12%). Essas conclusões estão na pesquisa “Riscos e oportunidades no setor de mineração: perspectiva global para 2021”, conduzida pela KPMG com 167 executivos do setor.
“A pesquisa evidencia que os riscos relacionados com aspectos ambientais, sociais e de governança estão em destaque. Além disso, de forma praticamente unânime, as empresas agora sabem que precisam ter uma estratégia de ESG clara e mensurável. Outro dado relevante é que, para uma parcela relevante dos entrevistados, as expectativas dos investidores precisam ser bem compreendidas e consistentes em todo o mercado”, afirma Manuel Fernandes, sócio-líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG na América do Sul.
O conteúdo revelou ainda que, entre os executivos brasileiros consultados, mais da metade (61%) demonstrou otimismo sobre as perspectivas de crescimento de suas empresas e em relação ao crescimento do setor (57%), na comparação com o desempenho do ano anterior. A grande maioria (87%) dos respondentes também está confiante no crescimento das suas organizações nos próximos 12 meses.
A pesquisa apontou ainda os principais riscos do setor identificados no Brasil:
- Riscos macroeconômicos: preço das commodities; pandemia global; desaceleração e incerteza econômica.
- Riscos de ESG: gerenciamento de rejeitos; relações com a comunidade e licença social para operar; e riscos ambientais, incluindo novas regulamentações.
- Riscos relacionados às reservas minerais: licenciamento ambiental; acesso à energia e aos recursos hídricos; acesso e substituição de reservas minerais.
As disrupções digitais e as mudanças tecnológicas figuram como chances de negócios e não necessariamente como ameaça, com a maioria (82%) dos entrevistados no mundo identificando a disrupção tecnológica como uma oportunidade. Os líderes globais também têm uma visão crescente de que a inovação fará com que os empregos mudem, em vez de substituí-los totalmente. Diante disso, 57% dos entrevistados consideram a adoção e a disrupção tecnológica como circunstanciais, e não abrangentes. Outro dado é que 25% deles concordam que a disrupção enfraquecerá e/ou eliminará algumas das empresas tradicionais, ao passo que 33% discordam dessa afirmação.
“A mineração no Brasil precisou responder de forma rápida e estratégica aos impactos e desafios causados pela pandemia do novo coronavírus. O atual cenário era tão impensável que estava longe das principais preocupações do setor. Mas, apesar de os impactos dessa crise sem precedentes ainda persistirem, o setor de mineração no Brasil está se reinventando rapidamente com foco na manutenção das operações e na geração de negócios”, afirma Ricardo Marques, sócio-líder do segmento de Metais e Mineração da KPMG no Brasil.
O conteúdo está disponível na íntegra: https://assets.kpmg/content/dam/kpmg/au/pdf/2021/global-mining-risk-report-2021.pdf
Ricardo Marques, sócio-líder do segmento de Metais e Mineração da KPMG no Brasil (foto: KPMG)
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