Para 83% dos executivos de Mineração, organizações precisam de estratégia ESG

Pesquisa foi realizada pela KPMG com 167 profissionais do setor

Por Conexão Mineral 22/06/2021 - 12:11 hs
Foto: KPMG
Para 83% dos executivos de Mineração, organizações precisam de estratégia ESG
Pesquisa Riscos e oportunidades no setor de mineração: perspectiva global para 2021

Os princípios ESG ocupam posição de destaque nos debates estratégicos dos líderes das empresas de mineração, com a maioria (83%) dos executivos brasileiros concordando que as organizações precisam ter uma estratégia de ESG clara e mensurável. Além disso, pouco mais da metade (52%) deles consideram que as expectativas de ESG do investidor são claramente compreendidas. 

Na amostra mundial, 32% dos executivos classificam as relações com a comunidade e a licença social para operar como os principais riscos ESG, com destaque para meio ambiente (29%), rejeitos (15%) e mudanças climáticas (12%). Essas conclusões estão na pesquisa “Riscos e oportunidades no setor de mineração: perspectiva global para 2021”, conduzida pela KPMG com 167 executivos do setor.

“A pesquisa evidencia que os riscos relacionados com aspectos ambientais, sociais e de governança estão em destaque. Além disso, de forma praticamente unânime, as empresas agora sabem que precisam ter uma estratégia de ESG clara e mensurável. Outro dado relevante é que, para uma parcela relevante dos entrevistados, as expectativas dos investidores precisam ser bem compreendidas e consistentes em todo o mercado”, afirma Manuel Fernandes, sócio-líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG na América do Sul.

O conteúdo revelou ainda que, entre os executivos brasileiros consultados, mais da metade (61%) demonstrou otimismo sobre as perspectivas de crescimento de suas empresas e em relação ao crescimento do setor (57%), na comparação com o desempenho do ano anterior. A grande maioria (87%) dos respondentes também está confiante no crescimento das suas organizações nos próximos 12 meses.

A pesquisa apontou ainda os principais riscos do setor identificados no Brasil:

- Riscos macroeconômicos: preço das commodities; pandemia global; desaceleração e incerteza econômica.

- Riscos de ESG: gerenciamento de rejeitos; relações com a comunidade e licença social para operar; e riscos ambientais, incluindo novas regulamentações.

- Riscos relacionados às reservas minerais: licenciamento ambiental; acesso à energia e aos recursos hídricos; acesso e substituição de reservas minerais.

As disrupções digitais e as mudanças tecnológicas figuram como chances de negócios e não necessariamente como ameaça, com a maioria (82%) dos entrevistados no mundo identificando a disrupção tecnológica como uma oportunidade. Os líderes globais também têm uma visão crescente de que a inovação fará com que os empregos mudem, em vez de substituí-los totalmente. Diante disso, 57% dos entrevistados consideram a adoção e a disrupção tecnológica como circunstanciais, e não abrangentes. Outro dado é que 25% deles concordam que a disrupção enfraquecerá e/ou eliminará algumas das empresas tradicionais, ao passo que 33% discordam dessa afirmação.

“A mineração no Brasil precisou responder de forma rápida e estratégica aos impactos e desafios causados pela pandemia do novo coronavírus. O atual cenário era tão impensável que estava longe das principais preocupações do setor. Mas, apesar de os impactos dessa crise sem precedentes ainda persistirem, o setor de mineração no Brasil está se reinventando rapidamente com foco na manutenção das operações e na geração de negócios”, afirma Ricardo Marques, sócio-líder do segmento de Metais e Mineração da KPMG no Brasil.

O conteúdo está disponível na íntegra: https://assets.kpmg/content/dam/kpmg/au/pdf/2021/global-mining-risk-report-2021.pdf

Ricardo Marques, sócio-líder do segmento de Metais e Mineração da KPMG no Brasil (foto: KPMG)