Bamin arremata Fiol em leilão, consolida seu projeto e deve alavancar novos empreendimentos na Bahia

Empresa faz parte da Eurasian Resources Group, que já possui grande experiência em operações ferroviárias na Ásia

Por Conexão Mineral 09/04/2021 - 14:04 hs
Foto: Bamin
Bamin arremata Fiol em leilão, consolida seu projeto e deve alavancar novos empreendimentos na Bahia
Leilão foi realizado na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, no dia 08 de abril

Com o leilão de subconcessão do Trecho I da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), realizado em 08 de abril na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, e vencido pela Bahia Mineração (Bamin), um importante corredor logístico para exportação será viabilizado. Com outorga de R$ 32,7 milhões, a Bamin arrematou em lance único o primeiro trecho da Fiol e deve gerar R$ 3,3 bilhões de investimentos, sendo R$ 1,6 bilhão para a conclusão de obras, que estão com cerca de 80% dos trabalhos executados.

Concebida em três etapas, já o primeiro trecho Caetité/Ilhéus, com 537 Km de um total de 1.527 km, criará um grande corredor de desenvolvimento para o Sul da Bahia e o Norte de Minas Gerais, beneficiando não apenas a mineração, mas também outros segmentos, como o agronegócio. 

“A FIOL será importante não só para a mineração, mas também para o agronegócio, além de outras cadeias produtivas. Com a Mina Pedra de Ferro, a FIOL e o Porto Sul a Bamin contribui efetivamente para impulsionar um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento, alavancando a Bahia ao terceiro maior produtor de minério de ferro do País”, segundo Eduardo Ledsham, CEO da Bamin.

Ao obter a subconcessão da FIOL, a Bamin consolidou a logística necessária para integrar seus projetos e operações, Mina Pedra de Ferro e Porto Sul, em construção, em Ilhéus. A capacidade total da via é para 60 milhões de toneladas por ano. A Bamin utilizará até 18 milhões de toneladas anuais,  criando uma grande janela de oportunidade para outros projetos que demandam a garantia de logística de transporte.

A mineradora produz atualmente 1 milhão de toneladas por ano e a planta já tem capacidade para produzir 2 milhões. Quando sua produção atingir a  capacidade prevista de 18 milhões de toneladas anuais, tornará a Bahia o terceiro Estado em produção de minério de ferro. Os maiores produtores atualmente são Pará e Minas Gerais. 

Quando concluído, em 2026, o Porto Sul terá capacidade para movimentar 42 milhões de toneladas por ano. A Bamin deverá utilizar apenas a metade dessa capacidade de movimentação. Os outros 50% da capacidade total poderão ser utilizados para outras cargas. O terminal deve se tornar o primeiro do Nordeste a receber navios para até 220 mil toneladas. O Porto Sul é um investimento realizado pelo Governo do Estado e pela Bamin. 

Os projetos da Bamin na mina e no porto irão gerar mais de 10 mil empregos diretos e 60 mil indiretos na fase de implantação e 1.500 empregos diretos e 9 mil indiretos quando entrarem em operação. 

A Bamin faz parte do Eurasian Resources Group (ERG), há mais de 15 anos no Brasil e presente em 15 países, empregando mais de 75 mil pessoas em todo o mundo. Com operações em recursos naturais diversificados e o maior operador de transportes da Ásia Central, com ampla expertise em ferrovias. É também filiado às principais organizações internacionais para desenvolver práticas de mineração e logística sustentáveis. No Brasil, a Bamin já conta com um time de larga experiência ferroviária para desenvolver as operações da FIOL. 

Governo comemora resultado do leilão

O vice-governador da Bahia João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), comemorou  o resultado do leilão da Fiol: “Hoje é dia de festa na Bahia! De vagão, o Estado tem se tornado locomotiva do desenvolvimento econômico do País e o resultado do leilão da Fiol vem reforçar que estamos no caminho certo, do progresso e da interconectividade das atividades econômicas doEstado”.

Segundo João Leão, com a Fiol carregando minérios e grãos, Caetité vai se transformar em uma grande cidade em função da mineração, mas também todos os municípios do traçado vão ser beneficiados. Ainda de acordo com ele, o  Governo do Estado atuou ativamente para retomar a obra, de responsabilidade da União, por entender a importância do equipamento para o desenvolvimento econômico do estado. A entrada em operação da ferrovia vai facilitar o escoamento da produção de bens minerais, a exemplo de rochas ornamentais produzidas em municípios que estão no traçado da Fiol.

"Importante salientar que pesquisas minerais estão sendo feitas ao longo do traçado da ferrovia, com destaque para o Vale do Paramirim, que apresenta boa potencialidade para a bauxita. Em Barreiras, Correntina e Coribe existem pesquisas para manganês, cuja potencialidade é promissora", diz Leão.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), a legislação determina que 15% da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) paga seja destinada a municípios impactados, neste caso pela rota ferroviária por onde este bem mineral passar ao ser transportado, incluindo bens minerais produzidos fora do Estado.