Samarco adota Plano Diretor de Lubrificação que poderá gerar economia de R$ 1,2 milhão por ano

Operação deverá ser reiniciada, de forma gradual, no final de 2020

Por Conexão Mineral 02/06/2020 - 07:29 hs
Foto: Samarco
Samarco adota Plano Diretor de Lubrificação que poderá gerar economia de R$ 1,2 milhão por ano
Laboratório para análises relacionadas à lubrificação, que responde por 5% dos custos de manutenção

A retomada das operações da Samarco, prevista para o final deste ano, incluirá a adoção de novas tecnologias, como cava confinada e sistema de filtragem para empilhamento a seco do rejeito arenoso. Na gestão de ativos, para obter maior controle e eficiência, a Samarco está implantando o Plano Diretor de Lubrificação (PDL). O intuito é unificar as melhores práticas entre áreas internas e também as do mercado, integrando métodos e processos de manutenção e lubrificação em todas as unidades operacionais, da mina ao porto.

A implantação do PDL está sendo feita em quatro etapas, desde o início do ano passado. Já foram definidas as estratégias da gestão da lubrificação e seis profissionais foram certificados pelo International Council for Machinery Lubrication (ICML), multiplicando os aprendizados para os demais empregados por meio de treinamentos internos. Em março deste ano foi finalizada a segunda etapa do PDL e a previsão da mineradora é começar 2021 já operando com maior maturidade e excelência nos processos de lubrificação.

De acordo com o gerente de Gestão de Ativos e Engenharia de Manutenção da companhia, Marcelo Gomes, o Plano Diretor de Lubrificação visa transformar a prática de lubrificar em um processo sistêmico, com ações proativas para o tratamento correto e mais sustentável dos lubrificantes, ampliando a eficiência e a vida útil dos equipamentos. “Os produtos passarão a ser filtrados e tratados, com melhorias no armazenamento e mais mecanismos para evitar contaminações. As substituições dos lubrificantes serão feitas considerando a condição, não o tempo de uso, gerando redução do consumo e menor impacto ambiental”, destaca. 

Historicamente na Samarco, cerca de 5% dos custos com manutenção são destinados à lubrificação. Além disso, em torno de 40% do custo total com manutenção é influenciado pelas atividades de lubrificação. A unidade de Ubu já havia implantado, antes da paralisação de suas atividades, o Programa de Lubrificação Confiável com o objetivo de aprimorar a sua gestão nesse quesito. Com as ações realizadas até 2015, como a filtragem dos óleos, houve uma redução significativa nos custos com lubrificantes. 

Gomes explica que com o PDL os resultados obtidos anteriormente em Ubu poderão ser potencializados e ampliados para toda a operação da companhia. “Esse trabalho tem potencial para gerar uma economia de cerca de R$ 1,2 milhão por ano ao prolongar a vida útil de lubrificantes e equipamentos e evitar perdas com paradas não programadas para manutenções corretivas e reformas excessivas de equipamentos”, conta.

O Plano Diretor de Lubrificação prevê, ainda, a criação de um laboratório de análises na unidade de Germano, de postos avançados de lubrificação nas áreas industriais, que permitem maior agilidade nas intervenções e manutenções corretivas dos equipamentos, e de uma central de lubrificação, para adequado estoque, manuseio, tratamento e disponibilização de óleos e graxas com qualidade e eficiência. O laboratório da unidade de Ubu foi reativado durante o período de conservação e foram adquiridos recentemente novos equipamentos para a realização de análises e testes de qualidade dos óleos. 

“O PDL é um trabalho de médio e longo prazo que envolve uma mudança grande de cultura, por isso foi fundamental o engajamento da alta liderança da empresa. A Samarco voltará a operar já com as melhores práticas de lubrificação, que garantirão mais eficiência e produtividade”, ressalta o gerente de Gestão de Ativos e Engenharia de Manutenção.

Com a aprovação da Licença de Operação Corretiva (LOC), a Samarco possui todas as licenças ambientais necessárias para a retomada das operações, prevista para o final de 2020, de forma gradual. Segundo a empresa, o retorno será diferente, com mais segurança e após a implantação de novas tecnologias, como o sistema de filtragem, que possibilitará o empilhamento a seco de 80% do rejeito gerado.


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