Produção mineral na Bahia cresceu 20% no ano passado

E a CBPM está otimista em relação ao desempenho do Estado em 2018

Por Conexão Mineral 13/04/2018 - 08:52 hs
Foto: CBPM
Produção mineral na Bahia cresceu 20% no ano passado
Operação na mina de vanádio da Largo Resources

O vanádio - produzido no município de Maracás (BA) - puxou o crescimento de 20,7% da produção mineral da Bahia no ano passado, atingido a marca de R$ 2,6 bilhões. A informação consta de relatório da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que chama a atenção para o fato de que este crescimento em relação a 2016 se deu em um ano em que o preço das cotações das principais commodities minerais - à exceção do vanádio, que praticamente dobrou de preço - oscilaram para baixo. O que, segundo a CBPM, indica que houve uma melhoria nos processos de produção das minas baianas.

No caso do vanádio, a mina explorada pela canadense Largo Resources exportou 9,2 mil t no ano passado para países como Holanda, Coreia do Sul, EUA, Canadá e Índia. A expectativa é que a produção continue crescendo, já que o preço do vanádio mantém o ritmo de alta e já ultrapassou a marca de US$ 28 mil/t este ano. Em dezembro a cotação era de US$ 17 mil/t. 

"As perspectivas de futuro para o setor mineral no Estado são animadoras. Estão em fase de implantação em terras baianas quatro novos empreendimentos para a produção de Nefelina Sianito, no município de Itarantim; para produção de Cobre em Curaçá; de Barita, em Contendas do Sincorá; e de areia silicosa no município de Belmonte", Alexandre Brust, presidente da CBPM.

Segundo a CBPM muitas das minas que foram paralisadas no período 2016/2017 devem ser retomadas nos próximos meses. A empresa, ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), afirma que há sinalização de que a produção de níquel pela Mirabela, em Itagibá (BA), será reativada, até porque a cotação deste minério subiu para US$ 13 mil/t (estava em US$9.558/t quando o trabalho na mina foi paralisado). O mesmo deve ocorrer com as minas de ouro da BrioGold em Santa Luz (BA), e de fosfato, da Galvani/Yara, em Irecê (BA). Na cesta de commodities minerais produzidas na Bahia, o ouro liderou as exportações em 2017 com o montante de U$ 241,8 milhões, seguido pelo vanádio com U$ 135 milhões, Magnesita gerando U$ 102 milhões e diamante que rendeu U$ 45,4 milhões.

Outro fator que alimenta o otimismo da CBPM para 2018 é o lançamento do projeto Minerais Portadores do Futuro, focado naquelas commodities que apresentam crescimento de demanda nos mercados externos, a exemplo do próprio vanádio e de lítio, grafeno e cobalto, também usados na fabricação de baterias para carros elétricos. O objetivo é ampliar o estudo geológico para encontrar depósitos destas substâncias em solo baiano.