MRN promove projeto de piscicultura com comunidades ribeirinhas

Renda para cada família participante em Oriximiná (PA) chega a R$ 15 mil

Por Conexão Mineral 30/10/2017 - 08:58 hs
Foto: MRN
MRN promove projeto de piscicultura com comunidades ribeirinhas
Técnicos da Universidade Federal do Oeste do Pará dão suporte ao programa Peixe Novo

Mais peixe em menos tempo. Esse é o resultado obtido por famílias de três comunidades ribeirinhas de Oriximiná (município da região Oeste do Pará) que participam do Projeto de Apoio à Piscicultura (Peixe Novo), mantido pela Mineração Rio do Norte (MRN). Visita realizada na última sexta-feira (27/10) pela equipe da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que dá suporte técnico ao programa, constatou que a maioria dos tambaquis, criados em tanques há um ano e três meses, já estão com um quilo e meio.

A primeira venda, que ocorrerá na segunda quinzena de novembro, proporcionará, para cada uma das seis famílias que participam do Peixe Novo, cerca de R$ 15 mil. Os tanques são mantidos em lagos do Rio Trombetas por famílias das comunidades Tarumã, Bacabal e Acapuzinho. Parte dos peixes provenientes da primeira despesca será comercializada no distrito industrial de Porto Trombetas, sede da MRN.

O acompanhamento técnico da Ufopa transformou o Projeto de Apoio à Piscicultura em uma oportunidade de produção de conhecimento científico. Um novo modelo de tanque e novas técnicas de alimentação adequadas à temperatura da água são parte das inovações que fazem do Peixe Novo um modelo inovador, sustentável, rentável e de fácil assimilação.

“É gratificante constatar que o conhecimento produzido já está beneficiando as famílias que participam do projeto. Com as técnicas introduzidas pelos pesquisadores da Ufopa, o retorno do investimento é mais rápido, ou seja, o peixe cresce em menos tempo”, destaca Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN, responsável pelo acompanhamento do Projeto de Apoio à Piscicultura.

Na comunidade Bacabal, os pesquisadores da universidade realizaram a biometria dos peixes, retiraram amostras de tecido e coletaram informações sobre os hábitos alimentares dos tambaquis. Todas essas atividades são feitas periodicamente, com acompanhamento da MRN e envolvimento direto das famílias que participam do Peixe Novo.

“Nossa expectativa é que neste primeiro ciclo, 50% dos alevinos adquiridos e entregue às famílias alcancem de 1,5 kg a 2 kg. Toda a produção já foi negociada pelas famílias”, afirma o professor Domingos Diniz, responsável pela parceira da Ufopa com a MRN e diretor do campus de Oriximiná.

O Projeto de Apoio à Piscicultura (Peixe Novo) é parte do Programa de Educação Socioambiental (PES), desenvolvido pela MRN em atendimento a condicionantes estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).