Caboclo dos Mangueiros é oportunidade de investimento na Bahia

CBPM divulga projeto para Ni-Cu-Co com recursos potenciais superiores a 400 milhões t de minério sulfetado

Por Conexão Mineral 08/06/2017 - 10:55 hs
Foto: CBPM

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) apresentou ao mercado mais uma  oportunidade de investimento em exploração mineral, o Projeto Caboclo dos Mangueiros, que se refere a um corpo ultramáfico mineralizado em Ni, Cu e Co com platinóides associados. Ele está localizado na Região Norte do Estado da Bahia, na interface dos município de Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes, na vila que dá nome ao projeto

O projeto Caboclo dos Mangueiros é representado por uma intrusão ultramáfica acamadada, tectonicamente colocada dentro de metassedimentos, com termos variando de piroxenitos a peridotitos, geralmente tremolitizados e sulfetados que compõem um depósito de Ni-Cu-Co, com recursos potenciais superiores a 400 milhões de toneladas de minério sulfetado com teores médios de 0.20% Ni + 0.13% Cu + 160 ppm Co.

O corpo ultramáfico de Caboclo dos Mangueiros está incluído em um contexto geológico onde são encontrados carbonatitos, com mineralizações fosfatadas, e intrusões magmáticas, contendo expressivas mineralizações de Fe-Ti-V, além de formações ferríferas e mineralizações de talco e Magnesita, bem como outras ocorrências de mineralizações metálicas.

As atividades de exploração mineral na região, tiveram início em 1977 com um reconhecimento geológico na folha topográfica de Campo Alegre de Lourdes, quando foram identificados as expressivas ocorrências de Fe-Ti-V ali existentes e  culminaram com um levantamento aéreogeofísico regional durante os anos de 2005 e 2006. Este levantamento aerogeofísico revelou várias anomalias magnéticas com assinaturas similares à aquelas relacionadas às mineralizações conhecidas. Depois disso, a CBPM desenvolveu mapeamentos geológicos de detalhe e  prospecção geofísica terrestre, antes de iniciar as sondagens exploratórias.

As campanhas iniciais de sondagens diamantadas consistiram de 15 furos totalizando 2.700 metros, com 12 furos positivos para mineralizações de Ni-Cu_Co, com sulfetação disseminada de 5% a 30%, em mais de 200 metros das colunas litológicas, incluindo:

16.33m @ 0.43% Ni + 0.31% Cu + 290ppm Co

17.45m @ 0.40% Ni + 0.15% Cu + 370ppm Co

0.5m @ 3.6% Ni + 1.0% Cu + 1600ppm Co

Trata-se de uma intrusão ultramáfica segmentada por falhas de direções SW-NE, tectonicamente colocada como uma lasca dentro dos sedimentos do Grupo Santo Onofre , próximo à borda N-NW do Craton São Francisco. 

A avaliação litológica indica a existência de dois principais estilos de mineralizações com níveis de sulfetos maciços:

1.Mineralização de Ni+Cu+Co associada às rochas cumuláticas de filiação magmática;

2.Mineralização de Ni+Cu+Zn+Au+Pt+Pd associada a eventos hidrotermais posteriores, intimamente relacionados aos setores de brechas hidrotermais com cloritização, potassificação e de entrada de magnetitas como infill.

O Prospecto  Caboclo dos Mangueiros representa um alvo de exploração com mineralização polimetálica, no qual a quantidade de informações varia desde anomalias geoquímicas em solo e escavações rasas, até um corpo mineralizado já sondado em estágio de reconhecimento.

A parametrização geométrica, com base nos dados de sondagens, permitiu a caracterização do corpo mineralizado, o qual apresenta uma orientação SE/NW, com dimensões aproximadas de 400 x 1700 x 200 metros, contendo zonas sulfetadas, com espessuras superiores a 70 metros.

Os resultados analíticos das amostras de testemunhos do furo F-CM-01_002 apresentam um intervalo contínuo de 208,42 metros com 0,21% Ni, 0,13 Cu, 180ppm Co + Au + Pt + Pd.

A CBPM acredita que, tendo em vista os recursos potenciais preliminarmente modelados, o projeto justifica um intenso programa de exploração, com investimentos voltados, essencialmente, para complementação de exploração geofísica, seguidos de expressivos programas de sondagens, visando dimensionar os recursos medidos e indicados, para as mineralizações de Ni-Cu-Co + PGM, os quais deveram ser apresentados em um Technical Report, em conformidade com a metodologia JORK ou NI 43-101. Dependendo dos resultados dessas sondagens, o projeto poderá evoluir para um pre-feasibility study.