Minermix adota novo britador e aumenta operação da rebritagem em 20%

Pedreira do interior de São Paulo usa a nova tecnologia desde janeiro de 2016 e durabilidade dos revestimentos é 30% maior

Por Conexão Mineral 23/05/2017 - 11:42 hs
Foto: Metso
Minermix adota novo britador e aumenta operação da rebritagem em 20%
Equipamento permite ajustes com plena carga

A unidade da Minermix Mineração de Capivari, interior de São Paulo, é uma das pedreiras do grupo Extrabase. Há sete anos em operação, a instalação tem uma capacidade nominal para 150 mil toneladas/mês e é uma planta de processamento com britagem primária, secundária e terciária e precisava incrementar sua operação.

Ao mesmo tempo, a Minermix desejava reduzir a presença de filler na produção de areia de brita, destinada principalmente às concreteiras e para as quais a presença de pó de pedra em excesso era um problema. A Minermix também tinha a intenção de manter uma maior padronização possível da curva granulométrica dos agregados, o que era um desafio constante em função da necessidade de ajuste manual dos equipamentos usados na linha de rebritagem. A operação deveria, na avaliação da empresa, ter uma maior produtividade e exigir menos ajustes da parte do operador.

Aumento de 20% na produtividade

A planta de britagem da Minermix em Capivari processa um basalto extraído na jazida distante, em média, 1 km. A fase primária inclui um britador de mandíbulas Nordberg C125, seguida da secundária com um Nordberg HP400 ambos da Metso. Todo o material processado nessas duas etapas, era encaminhado para a rebritagem final, com o uso de dois rebritadores de cone Nordberg HP4. Até janeiro de 2016, estes dois HP4, instalados desde o inicio da pedreira em 2010, realizavam essa operação. Em 10 de Janeiro de 2016, foi instalado um  que substituiu um dos HP4- O número 4 significa que o equipamento tem uma potência de 400 Hp.

De acordo com José Nilson Sousa Jardim, supervisor da  O supervisor credita a melhoria de performance principalmente pelo fato de o equipamento permitir ajustes com plena carga, ou seja, sem necessidade de interromper a alimentação e com constante uso  da potência bem próxima à máxima do equipamento,  e, quando atinge os valores limites, a própria máquina faz os ajustes para equilibrar a produção”, diz ele. A estabilidade de produção também permitiu uma redução entre 5% e 10% na geração de filler, um subproduto indesejável na produção da arei de brita, usada em usinas de concreto. “Parece pouco, mas a redução pesa na produção diária”, explica.

Maior tempo de produção

O MX4 tem como base a tecnologia patenteada de britagem Multi-Action, a qual combina bojo giratório e pistão num único britador. Em função da forma que foi projetado, o britador permite a máxima utilização das partes sobressalentes, o que leva a intervalos de manutenção mais alongados.

“O MX4 trabalha ao longo do dia, auto-ajustando-se conforme o que determinamos em termos de abertura da britagem ou potência”, complementa José Nilson. Esse tipo de dinâmica de ajuste de subcarga significa mais tempo de produtividade, e é feita com a britagem em funcionamento. Um alarme sonoro avisa que as condições de temperatura e pressão e nível de óleo, entre outros, estão de acordo com os parâmetros anteriormente determinados.

José Nilson destaca que a automação do MX4 é outra característica que melhorou a operação como um todo. “O operador liga o equipamento com apenas um toque na tela de LCD, acionando o sistema de automação do MX4, que também permite acompanhar o funcionamento do britador ao longo do dia e nos dá um relatório final quando do desligamento do equipamento”, detalha.

Semanalmente, o operador do MX4 calibra o britador, operação que consome no máximo 5 minutos e é feita automaticamente. A calibração indica o nível dos materiais de desgaste e faz a correção da operação em função dos números apurados. A avaliação também permite corrigir qualquer parâmetro que esteja fora do pré-determinado pela Minermix. A troca dos materiais de desgaste deve ser feita com cerca de 1.200 horas de operação, mais de um terço a mais do que a média observada no HP4.

12 unidades em São Paulo

Fundada em 1984, a Extrabase pertence a uma corporação maior, o Grupo Base, focado em construção civil. Especializada na extração, no comércio e na distribuição de pedras britadas e areia, a Extrabase tem 12 unidades operacionais no Estado de São Paulo. Estrategicamente localizadas, suas jazidas garantem o fornecimento de agregados para as regiões de Sorocaba, Piracicaba, Campinas e Porto Feliz, que estão entre as mais ricas do estado mais rico do Brasil.

A empresa possui uma frota própria o que garante um sistema de logística capaz de atender clientes em um raio de aproximadamente 30 quilômetros das cidades indicadas cobertas. Além de investir no desenvolvimento constante dos processos de produção, a Extrabase também mantém-se atenta às questões ambientais e busca meios cada vez mais eficientes que ofereçam menos impactos à natureza, tendo sempre a preservação, a reutilização dos recursos naturais e o reflorestamento como suas principais ações ambientais.