Projeto de ouro Jurema Leste demanda US$ 5,5 milhões para programa de exploração

Technical Report elaborado pela CBPM sugere que investimento seja realizado em dois anos e destaca possível início rápido de produção

Por Conexão Mineral 27/04/2017 - 10:09 hs
Foto: CBPM
Projeto de ouro Jurema Leste demanda US$ 5,5 milhões para programa de exploração
Jurema Leste inclui cinco alvos principais

Durante o PDAC, evento realizado no início de março em Toronto, no Canadá, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) apresentou ao mercado duas novas oportunidades de investimento em exploração mineral. Uma delas, com Technical Report elaborado por Competent Person em conformidade à norma canadense NI 43-101 se refere ao trend aurífero do Projeto Jurema Leste.

O projeto está localizado na Região Centro Sul do Estado da Bahia, no município de Iramaia, a cerca de 6 km da vila de Porto Alegre (município de Maracás) e a 15 km da mina Menchen-Maracás, única produtora de vanádio da América do Sul.

Trend aurífero do Jurema Leste

Os depósitos de ouro do Projeto Jurema Leste são constituídos por mineralizações primárias, mesotermais, filonianas e por uma camada superficial de minério intemperizado com cerca de 40 m de espessura. Esta zona saprolitizada, onde os sulfetos foram completamente oxidados, provavelmente contém importantes recursos auríferos secundários.

A mineralização primária é interpretada como um depósito mesotermal de ouro hospedado por uma série de veios de quartzo e stockworks de vênulas de quartzo sulfetado em um pacote cisalhado de tectonitos ricos em ferro, metachert, rochas metaultramáficas, calcissilicáticas e metadacitos. A alteração hidrotermal na zona mineralizada é evidenciada pela presença de talco, clorita, epidoto, quartzo e sulfetos, incluindo pirita, arsenopirita, pirrotita e calcopirita. A gênese da mineralização primária está relacionada com fluidos hidrotermais que circularam durante os diferentes estágios de convergência tectônica.

Constitui uma faixa aurífera de direção NNE formada por rochas supracrustais fortemente cisalhadas, situadas no interior da Sequência Vulcanossedimentar Contendas Mirante. As principais unidades litológicas no interior da faixa aurífera incluem rochas ultramáficas, calcissilicáticas, rochas vulcânicas máficas, intermediárias e félsicas, além de formações ferríferas.

Os alvos com mineralizações auríferas, pesquisados até o momento, são controlados por uma zona de cisalhamento com mais de 4 km de extensão orientada na direção N10oE. As mineralizações de ouro estão relacionadas com esta zona de cisalhamento e são pervasivas aos vários tipos litologicos representados no mapa geológico.

24 furos de sondagens em mais de 2.300 m

Após a realização do levantamento aerogeofísico a CBPM desenvolveu trabalhos de geofísica terrestre, mapeamento geológico de detalhe, amostragens geoquímicas, abertura de trincheiras e realização de 24 furos de sondagens nos principais alvos selecionados, totalizando 2.329,40 metros. Os resultados destes trabalhos confirmaram a ocorrência de mineralizações auríferas, tanto em superfície como em subsuperfície.

O Projeto Jurema Leste inclui cinco alvos principais nos quais as informações variam desde anomalias de ouro em solo e trincheiras até alvos com mineralizações confirmadas nas sondagens pioneiras.

Melhores intervalos mineralizados 

Trincheiras: 2m @ 45,7g/t; 6m @ 9,15g/t; 7m @ 2,17g/t.

Testemunhos: 1m @ 6,1g/t; 1m @ 3,4g/t; 2m @ 2,8g/t.

Investimento proposto para exploração

Segundo a CBPM, o projeto justifica um intenso programa de exploração, com investimentos voltados essencialmente para dois programas distintos de sondagens, visando dimensionar recursos indicados para as mineralizações de ouro, os quais estão detalhados no Technical Report, para serem executados em dois anos.

Durante o primeiro ano a mineralização oxidada será investigada até a profundidade de 50 metros, através de um programa de sondagens do tipo circulação reversa (RC), com a realização de cerca de 5.500 metros de sondagens a um custo estimado de cerca de US$ 1,5 milhão.

O segundo programa será dedicado à exploração da mineralização primária por meio de uma programação padrão de sondagens diamantadas, até a profundidade de 220 metros, com a realização aproximada de 11.500 metros de sondagens a um custo da ordem de US$ 4 milhões.

Dependendo dos resultados dessas sondagens, o projeto poderá evoluir para um pre-feasibility study, com o minério oxidado entrando rapidamente em produção, devido à excelente infraestrutura deste novo distrito aurífero.