Reforma de equipamentos em rede de concessionários ainda é rara

Pesquisa mostra que serviço é feito por equipes próprias de manutenção ou mecânicos terceirizados

Por Conexão Mineral 07/04/2017 - 12:49 hs
Foto: CM
Reforma de equipamentos em rede de concessionários ainda é rara
Luiz Gustavo Pereira, CEO do Grupo Tracbel

O atual cenário econômico trouxe mudanças na área de equipamentos usados em obras de infraestrutura, na construção e na mineração. Os usuários passaram a buscar a maximização da disponibilidade e da produção, a redução de custo operacional, o retorno do capital investido somado à baixa renovação de suas frotas. 

Para ter uma análise abrangente desse panorama, a Tracbel promoveu uma pesquisa com 350 usuários de equipamentos pesados em todo o País, cujo parque de máquinas e caminhões soma aproximadamente seis mil unidades. Em sua maioria (80%), os entrevistados eram proprietários, compradores e gerentes das empresas. O objetivo foi identificar os benefícios e tributos valorizados por esses clientes, o comportamento nesse cenário e a identificação de tendências no mercado. 

A pesquisa, apresentada por Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira, CEO do Grupo Tracbel, no Sobratema Workshop 2017, realizado essa semana em São Paulo, mostrou que boa parte dos entrevistados está realizando a reforma de suas máquinas, com mecânicos próprios ou terceiros e cerca de 16% faz com concessionários. “Eles estão dando uma segunda ou até terceira vida para seus equipamentos, em função da falta de capital, de recursos ou de créditos para comprar novos. Ao mesmo tempo, isso representa um desafio, por ser uma oportunidade para os distribuidores, e um alerta, em relação à durabilidade e confiabilidade das peças”, relatou. 

Outro resultado importante foi que os fatores que esses usuários mais consideraram ao responder a pesquisa são a disponibilidade operacional (15,1%), o consumo de combustível (12,5%) e o custo de peças (9,8%). 

Pereira ainda comentou sobre práticas da área de manutenção, como a gestão em tempo real, o diagnóstico online, a intervenção à distância, a reposição automática de peças, que já vem sendo aplicados, mas cuja tendência é de um uso ainda mais ostensivo. “Há também a realidade virtual ou aumentada, que pode ser utilizada para manutenção guiada, instalação e reparo, documentação virtual e 3D, service desk e suporte assistido para quem está no campo”, exemplificou. 

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