Por Alexis Yovanovic*

Meus caros, se eu tivesse a chance de dirigir um time de concentração de finos de minério de ferro em 2017, a minha escalação seria a indicada na figura abaixo.

1.Britador de Impacto: O jogo começa a partir de uma boa fragmentação. O meu jogador favorito é o moinho de impacto vertical, do tipo Barmac (Metso ou similar).

2.Despoeiramento: A poeira deve ser extraída e estocada em depósito, em forma adequada.

3.Cobber magnético: Arranca ganga cujo teor seja bem menor que o teor de corte na lavra.

4.Moagem Seletiva: É o volante e capitão do time, que moí seletivamente os óxidos de ferro sem supermoer estes nem a ganga. O jogo começa “úmido” a partir daí.

5.Peneira HF: O camisa “10” do time, que recebe a bola dominada da moagem seletiva e abre o jogo ora pela esquerda (passante) ou pela direita (retido).

6.WHIMS: Dois irmãos gêmeos, um por cada lado da peneira HF, arrancando ganga granulada e ganga fina, em separado, passando a bola dominada, quase sem ganga, para a flotação final.

7.Deslamagem: É tirada a lama no passante da peneira. Por conta da moagem seletiva, é apenas perdida a lama natural do minério, com mínimas perdas de ferro ultrafino gerado no processo.

8.Flotação: Com mínimo esforço (Amina) extrai a camadinha faltante de rejeito e envia o concentrado ao centroavante, para fazer um golaço, com maior produção e mínimo OPEX.

9.Concentrado: Com taxa de filtragem superior a 4 t/h m2 de filtro.

10.Rejeito de flotação: Pode chegar a menos de 5% do total alimentado á usina.

11.Ganga granulada: De rápido desaguamento, sem reagentes, rica em sílica, principalmente a ganga granulada +0,15 mm, com quase 95% SiO₂.

Há muitos treinadores melhores do que eu, mas, me desculpem desta vez: o sonho é meu!

(*) Alexis Yovanovic é diretor da Modelo Operacional (MOPE)