CPRM identifica novas áreas com potencial mineral no Rio Grande do Sul

Por Conexão Mineral 27/05/2019 - 19:36 hs
Foto: CPRM
CPRM identifica novas áreas com potencial mineral no Rio Grande do Sul
Geólogos da CPRM em atividade de campo no projeto de integração de dados batólito Pelotas e Terreno

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM)  está disponibilizando o resultado de projetos que ampliam o conhecimento geológico e identificam novas potencialidades minerais no Estado do Rio Grande do Sul. Os produtos foram lançados durante a programação do XVII Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos e do XI Simpósio Sul-Brasileiro de Geologia, que ocorrem entre os dias 26 e 29/05, no Hotel Dall’Onder, em Bento Gonçalves (RS).

Com os lançamentos, as regiões Sul, Centro Sul e parte do Vale do Rio Pardo do estado do Rio Grande do Sul passam a contar pela primeira vez com mapa de integração de dados geológicos. Desenvolvidos pelo SGB-CPRM, os estudos são o ponto de partida para identificar áreas de interesse para novos investimentos em pesquisa a mineral.

Projeto Batólito Pelotas - Terreno Tijucas

Foi desenvolvido uma área de 60 mil km², entre os municípios de Guaíba e Jaguarão. Por se tratar de área formada em 90% por granitoides, geologicamente pouco diversificada, esta não desperta tanto interesse da comunidade geológica. Para suprir esta lacuna, o trabalho buscou integrar dados gerando mapas temáticos em escala regional, que representam o estado da arte do conhecimento em geologia e recursos minerais na área.  De acordo com o pesquisador do SGB-CPRM, Jorge Henrique Laux, “as publicações representam uma etapa importante para o desenvolvimento do setor mineral da região e vão originar mapas de detalhe e prospectivos pelas empresas do setor mineral interessadas”. Trata-se de uma região produtora de calcário para uso na agricultura e na produção de cimento, além de bens minerais para produção civil como areia, brita, cascalho, e rocha ornamental. No entanto, neste projeto foi avaliada a potencialidade para mineralizações de estanho, tungstênio e chumbo.

Projeto Sudeste do Rio Grande do Sul

Com uma área mapeada de 14.320 km², localizada no sudeste do Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai, engloba total ou parcialmente os municípios de Arroio do Padre, Arroio Grande, Candiota, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Jaguarão, Herval, Morro Redondo, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Santa Vitória do Palmar e Turuçu. Embora a região possua pouca tradição em produção mineral, sendo areia, brita e calcário os principais bens, foi escolhida devido a identificação da existência na área de um novo domínio geotectônico, o Terreno Jaguarão. “Este novo domínio identificado motivou o desenvolvimento do estudo no âmbito do Projeto Sudeste do Rio Grande do Sul”, destacou o pesquisador do SGB-CPRM,Rodrigo Fabiano Cruz. 

Porção sul do Cinturão Dom Feliciano, representado pelos domínios Batólito Pelotas e Terreno Jaguarão e a Planície Costeira do Rio Grande do Sul. “O indicativo de um limite de domínios geológicos na área aponta uma possível nova fronteira mineral no Brasil. O trabalho apresentou indícios e pequenas ocorrências de ouro, cobre e tungstênio. Além de grande potencial de rocha ornamental nos granitoides da região”, relatou. O estudo aponta que os municípios de Pelotas e Morro Redondo são os que apresentam maior potencialidade para ouro e cobre. Para brita e rocha ornamental se destacam as potencialidades dos municípios de Pelotas, Capão do Leão, Morro Redondo, Pinheiro Machado, Piratini, Herval e Arroio Grande. Para ilmenita e titanita se destaca a região litorânea e lagoas, que abrangem partes dos municípios de Pelotas, Rio Grande, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar.

Para acessar a íntegra dos estudos, utilize os links a seguir:

http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/21135

http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/21122